Buscando a inspiração, parei pra me assustar com minhas pausas decididas.
Parei um pouco, enganchando os fios da pouca-memória seletiva, arruinando sedas e linhos com palavras mudas - trágicas se não fossem cômodas - ao contrário do que sempre me acostumo a me convencer: sou um enigma pra mim mesma.
Devora-me ou te decifro, os algarismos que voam sobre a mesa, os gemidos resignados em semênticas ilusões. Respingos. Fúrias. Falsas injúrias.
Faço um chá ao som do vento, e o sopro vapor me amolece o crânio com beleza institucional: já não sou eu quem faz as perguntas, apenas respondo ao meu surdo interesse.