E esse tempo que esfinge
Me tinge
De um branco assim tão final
E as explosões da alma do mundo
O mundo borbulhando dentro
Pra dentro, comigo e tudo junto
Pulsando
Me prendem as vidas soltas essas tão sempre modernas vivas
O moderno já é passado
Se me penso, nada faço
Aparecendo na cratera uma fuga minha e muito nítida
Ressurgindo
Do meu próprio centro
Em incêndios
Um vulcão
O silêncio depois do fim de tudo
O instante que precede a imensidão
quarta-feira, 13 de novembro de 2019
terça-feira, 5 de novembro de 2019
Caminhos
Tenho medo do que é fácil
Tenho medo do que é óbvio
Tenho medo do ócio e dos sentidos saciados
Tão fácil não ter medo quando o tudo está virado ao contrário!
Paralisa a só ideia de que temos algo
De que nada é eterno
E o medo a perder é dos medos o soberano
Que nos torna humanos
Que humilha e nos atrai - para os mais outros tantos medos de que somos
E esguios os medos, capazes como vento
Escolhemos um medo para tê-lo como alento
(ai, meu medo de estimação!)
Às mais difíceis escolhas, culpamos o medo por decidir a vida em que nos levamos
E no fim das contas fomos feitos com o medo e ao medo voltaremos
Pois o pó já não carrega mais nossos feitos se não nossos medos:
Aqui jaz
Teve medo de morrer, mas morreu sem medo
Pois no último instante teve medo de que fosse sua hora, afinal
E fingiu não haver final
Pra matar de medo o seu medo
Ao menor sinal de vida
Sem escolha, o medo se encolhe
Mas some pra surgir ao longe ou ali
Na forma de uma nova coragem, ou um medo ultrapassado
Com ares de tudo passa
Ou tudo fica como era pra ser antes
Ou nada fica
Ou nada passa
Mas sempre ali, companheiro
Pra mudar o rumo inteiro
Tenho medo do que é óbvio
Tenho medo do ócio e dos sentidos saciados
Tão fácil não ter medo quando o tudo está virado ao contrário!
Paralisa a só ideia de que temos algo
De que nada é eterno
E o medo a perder é dos medos o soberano
Que nos torna humanos
Que humilha e nos atrai - para os mais outros tantos medos de que somos
E esguios os medos, capazes como vento
Escolhemos um medo para tê-lo como alento
(ai, meu medo de estimação!)
Às mais difíceis escolhas, culpamos o medo por decidir a vida em que nos levamos
E no fim das contas fomos feitos com o medo e ao medo voltaremos
Pois o pó já não carrega mais nossos feitos se não nossos medos:
Aqui jaz
Teve medo de morrer, mas morreu sem medo
Pois no último instante teve medo de que fosse sua hora, afinal
E fingiu não haver final
Pra matar de medo o seu medo
Ao menor sinal de vida
Sem escolha, o medo se encolhe
Mas some pra surgir ao longe ou ali
Na forma de uma nova coragem, ou um medo ultrapassado
Com ares de tudo passa
Ou tudo fica como era pra ser antes
Ou nada fica
Ou nada passa
Mas sempre ali, companheiro
Pra mudar o rumo inteiro
Reflexo
Universos partidos
Linhas divididas
Margens
Becos sem saída
Tudo em volta me faz refletir
E se sou eu mesma meu próprio espelho
Pra onde posso fugir?
Linhas divididas
Margens
Becos sem saída
Tudo em volta me faz refletir
E se sou eu mesma meu próprio espelho
Pra onde posso fugir?
Assinar:
Comentários (Atom)