domingo, 19 de maio de 2024
Procuro o que é constante em minha vida. Tenho entendido que a falta é a única que não me abandona, em todos os momentos. Sinto um vazio terrível, o mundo horrível, as pessoas presas, eu mesma presa a essa falsa liberdade. Olho pra dentro e tudo faz sentido, a falta, o medo, a prisão. O medo de não agradar, de ser ignorada, de ser subestimada. Ou superestimada.
Dormentes
Deixar você sumir
Encostar na pele tudo o que eu não disse
Me cobrir do perdão que não te ofereço
Me aninhar na prisão do desvelo
Flores, intactas
Quanto ao vazio - indico que sou eu mesma
Nasci e desde sempre enlouqueço
Que voltam à memória meus sentidos dormentes
O passado não me consome, mas dele me alimento
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