segunda-feira, 27 de outubro de 2025
Jato
Mas era tudo mentirinha. Eu inventei.
domingo, 26 de outubro de 2025
Atenção
sexta-feira, 24 de outubro de 2025
Pano
Logo ela falando de amor profundo
Amor verdadeiro logo ela
Aquela que se perdeu
E não sente mais pó poeira por debaixo dos olhos
Apenas um cortante dialeto luminoso: a faca da língua no chão da sala
O pano passando molhado entre os dedos
Enxuga esse fluído doce que te sangrou, querida
Enxerga que nem sempre o brilho é luz, quase sempre água
E o que reflete nela é só mesmo ela, aquela mesma
Que não fala e não faz e não sabe
Que de amor só reflexo desdobra
E de verdade só a própria aura celebra
Aquário
Quando a você me entrego
Saiba, meu amor, que é a mim que me dou inteira
E quanto mais a mim me ofereço de alma e corpo
Mais livre sou para te amar profundamente
Quando digo "profundeza" estou falando do meu, do nosso mar
Aquele incógnito onde ainda pretendo mergulhar
Um mar gigante para um dia claro, meu bem
Beba tudo, vai.
Janelas
Para mim, toda a fúria
Para meus olhos, cada paisagem apressada da janela deste trem desgovernado
Ainda no desastre, tenho tempo de admirar a beleza na explosão