sábado, 3 de março de 2012

Confins

E aqui estou eu novamente, trocando em miúdos o dia pela noite. Não posso dormir com tanto quarto bagunçado, não posso! Minha noite de lua vira um saco cheio de realidade viva, e as luzes do ser simplesmente não me deixam fechar os olhos. Tenho tanto medo de mim mesma que não posso me fugir, apenas corro em círculos e ando em felizes ruas através de sonhos e futuros vis. Todos ao redor sonham em si mesmos, ou menos, e não posso viver longe dessa coisa tão tácita que é o saber-se enfim. Temo-me ao tal, que ponto sem passo não dou, e nó sem agulha já sou, sem furo, remendo, assim. Dou vida aos cadernos, cadeiras, colares e meias que espalho em minutos com vista a seu fim, e em tudo me faço, me passo sem gasto aos traços que em suma ainda deixo de mim.

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