É aquele fio da meada que aparece sempre quando durmo. É aquela massa cinzenta que não consigo decifrar, por mais que eu aceite, tente, insista e sorria. Fica ali. Daquele jeito. Deita no meu colo com a minha sensação de que isso nunca vai acabar. E digo isso. Te digo mil vezes. Isso nunca vai acabar. Mais uma. Outra. E a gente vem, de mãos dadas, corpo unido, às vezes beijo, às vezes só respiração. Quero me libertar desse, e só com dor ele vai embora. Mas não quero doer, não quero que doa. Me conforta saber que ele sempre vai estar, sem rosto, parado, com o mesmo amor que lhe dei e que ele me deu. Em silêncio. Eterno.
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