Primeiro Ato - a queda
- Dentro de um ano e meio terei um filho. Ele se chamará nova vida.
- Mas, e se a sua mulher não concordar com seus planos de paternidade?
- Ela VAI concordar. Está sob meu domínio agora. Pare de chorar. Enxugue essas lágrimas falsas. Você não é mais o centro do universo. Você não é. É apenas gasto de energia. É apenas resto.
Segundo Ato - a maldição
Posto que tudo o que faz sentido me incomoda. Veja, tudo é incongruência nos métodos científicos, nos meios acadêmicos, nas bíblias, na televisão. A escola não maltrata seus alunos, mas não os obriga a serem seres humanos. A família está porque está, não tem outro jeito se não estar. A igreja repete as fórmulas, o estado desliza por cima do muro, o universo conspira a favor...é um estado de graça tão racional que merecia ser fotografado.
Terceiro Ato - a degradação
Ainda me consumo como chama viva
Queimo em sílabas e sonhos, em formas e silêncios, em melodias e multidão
Ermo canto em sincrônicas voltas - sou fogo e sou canção.
Quarto Ato - de volta para o futuro
Otimismo nunca foi meu forte.
Mas, tá.
Vou sorrir quando o sol chegar e olhar pela janela mais uma vez.
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