segunda-feira, 18 de junho de 2012

Oniricamente (para minhas experiências culinárias)

Primeiro Ato - a queda

Um ano e meio, foi o que ele disse!
- Dentro de um ano e meio terei um filho. Ele se chamará nova vida.
- Mas, e se a sua mulher não concordar com seus planos de paternidade?
- Ela VAI concordar. Está sob meu domínio agora. Pare de chorar. Enxugue essas lágrimas falsas. Você não é mais o centro do universo. Você não é. É apenas gasto de energia. É apenas resto.

Segundo Ato - a maldição

Posto que tudo o que faz sentido me incomoda. Veja, tudo é incongruência nos métodos científicos, nos meios acadêmicos, nas bíblias, na televisão. A escola não maltrata seus alunos, mas não os obriga a serem seres humanos. A família está porque está, não tem outro jeito se não estar. A igreja repete as fórmulas, o estado desliza por cima do muro, o universo conspira a favor...é um estado de graça tão racional que merecia ser fotografado.

Terceiro Ato - a degradação

Ainda me consumo como chama viva
Queimo em sílabas e sonhos, em formas e silêncios, em melodias e multidão
Ermo canto em sincrônicas voltas - sou fogo e sou canção.

Quarto Ato - de volta para o futuro

Otimismo nunca foi meu forte. 
Mas, tá. 
Vou sorrir quando o sol chegar e olhar pela janela mais uma vez. 

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