quarta-feira, 4 de julho de 2012

Brisa rasa

Tento caber-me em palavras próximas do que não digo. Sozinha, alimento-me de fluxos externos, alimento-me de vida. A visão turva cega-me os sentidos e já não sou comigo. Já me embriaguei.

(Há um homem gritando na janela. Seu grito é sua expressão. O homem grita e seu grito é mais forte do que eu. O homem grita e não há carros, nem vizinhos, não há noite nem escuridão. Seu grito é presença, seu grito é paixão.)

Tentei me reescrever para alguém. Tentei reconstruir. Tentei subverter.
Agora, sou fogo tentando querer.

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