Se agarra no sentido que ela mesma inventa
O tempo todo pra se divertir
Pra se achar útil, pelo menos
Pra não achar que perde o tempo dos outros
Pra não se achar esquecível, no mínimo
E pensa que lá, do outro lado
Tem um espelho refletindo o que nunca se pode ver
O espelho do avesso pensado igual
Do contrário do que um dia
Imita a vida ela mesma no outro canto
Sumidouro, sumindo
Que é aí que o espelho faz sentido
No contrário, no avesso
No inverso inventado da cabeça
Lá dentro, ou lá fora
Por que o espelho é tudo e todo lugar
Ao mesmo tempo
Ela também imita a vida
Procurando
Sentido
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