Me reapaixonar pelas versões que cavo de mim mesma
Sentir novamente a vida dilacerando o sentido, não me deixa olhar pra trás
Acabo de renascer, já morro novamente
Mergulhada no tudo, a culpa, o caos, a confissão
Evapora, será que sempre fui eu mesma meu grande amor?
Estou fadada a cair por mim, em mim, sempre só
Fugindo de me perder daquilo que mais amo
Minha solidão
O conforto de não cumprir
O conforto de não caber
O conforto de suprir
As minhas próprias expectativas inatingíveis
Só eu mesma grande rainha
Da grande poesia da minha vida inteira
Por nada me trocaria
Por nada me deixaria
Jamais não me escolheria
Me quero e abuso da minha compaixão inconsumível
Nada é possível compatível tangível
Não posso, não deixo, nada mais vai entrar
Aqui me permaneço e esqueço
Que outro espaço não há
Cercada, nada será mais seguro
Que este meu próprio lar.
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