sexta-feira, 11 de março de 2011

Infinito

Olho para o universo como a um espelho. Nele vejo estrelas, pontos do meu desespero por desintegração - cosmos, luzes, artérias do tempo. Olho para meus pequenos pensamentos e imagino como seria não existir, ainda seria existência? E ser tudo, o que é que não sou, afinal? Penso em livros, penso em filmes...nada corresponde às verdadeiras respostas, pois estas não estão ao alcance da minha limitada linguagem. Ainda que eu memorizasse a ordem natural de todas coisas, não seria mais que esforço racional. Ainda que eu dominasse a alquimia de transformar chumbo em ouro, não faria nada muito diferente do que transformar papel em cinzas. Ainda que eu tentasse explicar esse sentimento de ser, não usaria mais que retórica.

Olho para dentro, para o microscópico infinito de tudo, e tudo o que vejo é o nada, o espaço vazio cheio de Deus.

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