segunda-feira, 4 de agosto de 2025

Homens

Os primórdios da minha boca
Engolindo em seco os vapores orgânicos
Das bocas imaginárias, solenes
Destilando o sono de corpos, tantos

Ando pelo chão frio e espanto
Com meu céu de quases e facas
Os homens que sonho, sempre
Em pulsares e olhos mântricos

Sou eu a rua o asfalto
Por onde pisam seus grandes sapatos
Ainda leve, sou o cântico
Que aquece seus prantos caóticos




Nenhum comentário:

Postar um comentário