Há um barulho de asas no cair da noite
Pode ser o ruído da inocência inflamada
Junto com a nossa existência ruindo
Junto com os gritos de socorro
Junto com os cachorros latindo na rua com frio
Tremendo
Diz que eles têm: nome, sobrenome, endereço
Devem ter asas também, demônios
Por serem do enxofre da podridão moderna
Surgidos da selva de trevas incríveis
Os mais puros maus já inventados
Nossos medos - pecados alados
Todos unidos pra salvar a mais triste das histórias
A que nunca sequer começou
Nem importou
Pra ninguém
A história da luz que entrava pelo olho
E o terror que a tudo dissipava
A feia história da morte em vida da esperança
Oremos...
Sem fé, pois que também não é pra tanto.
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