Não sei ao certo aonde foi
A minha mente perdeu-se no espaço
Procurei entre ruínas e ilusões
De mala e cuia, segui seu passo
Corri por dez quilômetros de terra seca
A mente mentia numa esquina suja
Ao me ver, assusta-se a dita cuja
E seu rastro atira poeira de lambuja
Tinha pressa, pois, sem mente, que demora!
Já meus pés encontravam-se cansados
Eis que achei-me na casa de uma senhora
Onde a mente tomava coca-cola
Perguntei à mentirosa de seus sonhos
Perguntou-me se eu ainda a queria
Tente lembrar, disse ela, daqueles planos
Mentecapto como estou, já não podia
No infinito fui cobrar minha sentença
Para os mestres do tempo pedi auxílio
Sei que mente não me escapa, tenho crença
De que um dia retorna de seu exílio
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