Silhuetas dançantes do além-nada
As sombras vazias de sentido
Como eu, achando que sou os outros
Como não me poderia ser?
Se a dor maior é não sentir dor?
Amar desacreditando
Fingir escárnio
Ao me ver novamente crucificada ao acaso
Mortificada pelas centelhas-línguas-fagulhas
Que lambem ao serem atiçadas
Como eu, que me atiro ao fogo
Sempre e com toda diligência
Nisso estou segura: ser disciplinadamente auto-destrutiva
Um caminho frutífero hacia la muerte
Jamais preguiçoso, totalmente isolado
Onde ousei expressar a minha separação em pedaços
Meu íntegro processo de dissolvescência
Já que ninguém me cura
E não quero ser curada
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