Logo ela falando de amor profundo
Amor verdadeiro logo ela
Aquela que se perdeu
E não sente mais pó poeira por debaixo dos olhos
Apenas um cortante dialeto luminoso: a faca da língua no chão da sala
O pano passando molhado entre os dedos
Enxuga esse fluído doce que te sangrou, querida
Enxerga que nem sempre o brilho é luz, quase sempre água
E o que reflete nela é só mesmo ela, aquela mesma
Que não fala e não faz e não sabe
Que de amor só reflexo desdobra
E de verdade só a própria aura celebra
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