Onde está?
Agora, o que oculta a língua morta
O que falta à linguagem
Palavras, gestos obscenos
Obscuros pontos finais, vírgulas, dois pontos: já não sei mais entender nada, gostaria que me dissessem na cara tudo o que sentem, esses seres.
Acabaram as rimas, os versos, os cantos
Toda aquela sofrível vertigem de ter tanto a dizer
Um quadra de esquisitos verbos (concubinar, maldizer, céucolorir)
Tudo se perdeu nos olhos abertos e boca fechada
Dedos finos, varetas - oscilando entre escorpião e sagitário
Meramente, contos novos a inebriar o mundo virtual - mapa astral?
Prédios em chamas, teto, trama, tontura, presença
E o que um dia foi um belo desconhecer
Tornou-se um "não sei o quê" de palavras malditas, novamente pregadas como anúncios de uma boa-vinda que, talvez, nunca existirá.
Muito bonito!
ResponderExcluirEsses seres que dizem muito mas não dizem nada...absurdo!
Cansei de comentar no Bonin, agora virarei comentadora daqui.