quarta-feira, 13 de julho de 2011
Para Callado, novamente, com o amor de uma sobrinha
Tento fixar ocasionalmente o momento em que tudo derrete. Caem pingos de imagens e vertigens, captar é raptar, fixar, mentir - minto para não esquecer e acabo esquecendo que minto sempre - ao fim de tudo sempre resta a manhã, ou o acaso, talvez. Dorme arco-íris, acorda-se em flor, no vazio espiritual da mente, ou mentecapta interrupção de um rumo qualquer e verdadeiro, aquele cheio em que me senti plena de consciência e cognição, vaso cheio, vaso vazio, ou cheio. Ainda assim não me encontrava meio-a-meio, ou me encontrava e não sabia. Entrementes, oro à luz do dia para que me ampare no desequilíbrio da força, um dia tombando, outra hora de novo, caio no vazio extremo da inexatidão. Dão a isto o nome de medo. Dão a isto o nome de espaço. Dão a isto o nome de solidão. Dêem a isto o nome que queiram, eu chamo de meigo carinho de insensatez desmesurada, fome de espírito, fome de paixão. Chamem a quem quiserem, eu me chamo obsessão. Chamem a quem quiserem, eu chamarei minha razão. Tanto temo por não sentir mais nada que chamam a isso depressão. Eu mesmo chamo ocaso de energia vulcânica, prisioneira de extintos sentimentos zodiacais, míticos arroubos minimais...e Sônia bem que avisou, todos querem te prender, ser donos do teu poder...agora você é quem cuida da tua selva, dos teus índios e das tuas bestas, foge com a noite que ela cuida da trilha.
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