Busco um sol que nasce
Em cada folha e em cada instante recortados pela escuridão.
A senhora me disse - senhora, porque em toda esquina te encontro comprometida com uma nova visão de mundo - que amar é como montar um quebra-cabeças: nunca sabemos o resultado de nossos esforços e sempre acabamos desmanchando tudo para tentar repetir a sensação de prazer que armar o inesperado nos dá. Dito assim, encaixando peça por peça, não soa tão grave quando admito que sempre procurei recriar meu mundo pelos cantos, já que as beiradas são sempre mais fáceis de construir, e que o processo de conclusão do meio acaba sempre ficando um tanto quanto nebuloso e perdido. O tempo que separa o instante em que faço caber a última peça e o momento de re-destruição de minha obra é infinitamente menor que aquele separando o fim das bordas e o começo do meio. Isso porque viver me dá pressa, quero chegar logo ao final para recomeçar.
chegar ao final para recomeçar?
ResponderExcluirQue trágico!