domingo, 6 de junho de 2021

Colosso em miniatura

Na minha cabeça tem estrelas

Na minha cabeça explode o movimento

O respiro de ser eu em meio ao derretimento da aurora

O corpo de estar em mim quando o pensamento se extingue

E bruta a dureza de um ar não respirado

Um tremor não aplacado

Uma súbita noção de cansaço após a morte

Que só tempo de viver na outra vida é o que cabe

Depois que o nada vira sentido e tudo faz som, ruído

Movimenta vira quem não gosta do que sinto e me atira

Impávido

Pequeno, sem saída.



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