sexta-feira, 25 de junho de 2021

Pescaria

Desenredo quando sinto que vem

Nadando pelo rio um peixe bem grande

Uma ânsia pra jogar pra bem longe

Nada mais que um impulso de mentir


Mentiras têm cabeça pequena

O pulso grande, enforca o peixe

O corpo ausente que já aflora

Mentiras são puro devir


Não falo em nada do que penso

Que minto da rima seca no olhar

O rio sem balanço não chora

O peixe já deixou de existir.



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