Alguém me disse
que todos os números levam ao mesmo infinito
E que, antes de ser eu mesma
Sou eu, eu sou
A semente da criação divina
O centro
O sol
A fonte da sabedoria universal
e do amor eterno
Alguém me disse isso e sumiu
Um dia fui procurar quem me falou todas essas coisas
Para me desfazer do peso de sentir tanta imensidão
E voltar a ser pequeno pequeno, um grão de areia, um minúsculo capítulo da história da humanidade, um trecho da evolução do homem-macaco, homem-máquina-pó, máquina-pó
Buscava nos livros o caminho de volta, mas só encontrava mais e mais emaranhados de complicado conhecimento, intricados caminhos, difíceis de trilhar, teorias, técnicas todas demonstrações claras da consciência que eu deveria adquirir mas que evitava por preguiça e preconceito
Nas pessoas buscava lições, argumentos para definitivamente fechar os olhos a tudo o que se me apresentava e que eu via como a mais pura verdade, por mais dura que fosse e por mais desapego que isso pudesse exigir de mim
Em cada história só enxergava mais e mais o poder divino, o súbito olhar da criação a me derramar sentidos e me encher de possibilidades
Depois de procurar bastante, ainda tentanto ignorar a inexistência do caminho para alcançar a minha ignorância completa
De tanto forçar a mente para entender
De tanto tentar explicar o impossível
Meu cérebro explodiu
Só sobrou o meu espírito
E foi aí que eu entendi.
As vezes acho que você merece uns monges "muy calientes".
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