Ouço vozes cantando em descompostos compassos
Zzzz
Zzzz
Zz
Vamos deixar pra depois, não tem abismo depois da queda
Nem vazio depois do medo
Não tem queda, só o luto, a dor e a ausência
Preciso exorcizar meus demônios, eles sobem nas paredes
Pouco mais me sobem na garganta e gritam pelos ouvidos
Quando eu grito, abafada
Torcem no eco atônito da solidão sem fim - uma multidão de ocos soltos
Multidões em mim
Presa na realidade infinita de tudo ou nada mais ser
Do que são os meus, mas eu sou feita de água
Sou afeita às palavras
Sou feto de frases sem cor
E culpas que carrego sem culpa
Pois me falta a parte que me cala
Ouço vozes, já não são as mesmas.
Zzzz
Zzzz
Zz
Vamos deixar pra depois, não tem abismo depois da queda
Nem vazio depois do medo
Não tem queda, só o luto, a dor e a ausência
Preciso exorcizar meus demônios, eles sobem nas paredes
Pouco mais me sobem na garganta e gritam pelos ouvidos
Quando eu grito, abafada
Torcem no eco atônito da solidão sem fim - uma multidão de ocos soltos
Multidões em mim
Presa na realidade infinita de tudo ou nada mais ser
Do que são os meus, mas eu sou feita de água
Sou afeita às palavras
Sou feto de frases sem cor
E culpas que carrego sem culpa
Pois me falta a parte que me cala
Ouço vozes, já não são as mesmas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário