Não permita, ó Deus, que o tempo apague a minha razão
Que a face oculta do medo tome as rédeas do meu viver
Que o equilíbrio me esqueça
Que as palavras sejam ditas sem pensar
Por mais necessárias que sejam para saciar meus desejos
Por mais sonhos esquisitos que eu possa seguir tendo para me livrar desses fantasmas
Por mais incertezas que comecem a lentamente se revelar dentro de mim
Um sonho dentro de outro sonho dentro de outro sonho dentro de um copo
A ante-sala da vitória é bem decorada
Mas tem muitas portas
Posso escolher seguir pelas portas dos caminhos tortuosos
Ou pelo portal do caminho reto - nesse, só passo se levar apenas o desapego do mundo ilusório
Quanto mais ando, mais vejo
Quanto mais canto, mais me desprendo
Canto, então.
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