terça-feira, 3 de agosto de 2010

Sonho inventado

Entrei por uma porta
Um tapete verde reluzia sob meus pés
A chave eu engoli
E me tranquei pelo lado de fora

Andava sem muita precisão
Cambaleando entre palavras tortas
Tropeço num ce cedilha
Me deito sobre flores mortas

Abstraio os quadros nas paredes, que me seguem todos com o olhar
Abstratos, retratos
Sombras que se movem, arbustos fluorescentes

Estava escrito na porta:
"Só entre se tiver certeza"
Certeza do quê?
Certeza...é o que não me importa
Por isso entro sem a certeza
De sair
Com a clareza
De seguir
E com a nobreza
De tentar

"A mando de quem entrastes aqui?"
Sob o comando do possível erro
Me lancei ao acerto
Sou filho da luz
Posso ser onde eu quiser.

Um comentário: