Calam-se as bocas
Os indigentes passam frio
E calam a boca
Pra não entrar um ar gelado
Nem sair mais besteiras
Cobrem os rostos: são-paulinos, corinthianos, palmeirenses
O gelo cobre o resto da calçada
E as luvas não servem mais pra nada
A não ser pra fingir ser um assassino em série
O frio luta esgrima com os lábios
Os lábios espremem o frio com os dentes
E os dentes?
Brrr.
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